O “Estado Novo” renasce no Parque das Nações

Edição a 30 de abril de 2015:
Na Assembleia de Freguesia de 29 de abril de 2015, Jorge Alves do PCP faz um requerimento à mesa para que a vogal Paula Sanchez possa falar. Paulo Andrade pelo PNPN diz que a vogal numa próxima oportunidade pode decidir se quer continuar ou não…
Paulo Coelho pelo PSD refere que 40 anos depois das primeiras eleições livres assistimos a um comportamento diferente do que se assistiu nas outras assembleias
Votação VOTOS CONTRA PNPN 6, ABSTENÇÕES PS 4, VOTOS A FAVOR 3 PCP, PSD, CDS
REJEITADO O REQUERIMENTO PELOS VOTOS CONTRA DO PNPN, vogal do executivo impedida de falar.
(transcrição de texto público)
Que mensagem foi silenciada ? veja transcrição tornada pública:

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Continuo com o texto original:

Bem a propósito dos festejos de “Abril”, o comportamento recente do PNPN, partido que gere a Junta de Freguesia do Parque das Nações, apresenta tiques de renascimento do “Estado Novo”. Vários são os utilizadores do seu grupo político no facebook que são banidos e  vêm os seus comentários apagados. Ainda assim pode consultar o registo em “Vigilantes do Parque das Nações” e “Pela Qualidade Urbana no Parque das Nações“.

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A própria mensagem política parece a de um membro do extinto SNI – Secretariado Nacional da Informação, atente-se: 11196240_10206520878957972_2024554885035259608_n11046344_10152772144916121_829385180724169401_n Portanto, para os membros do PNPN, os blogs, imagens e vídeos são ações difamatórias, contrárias ao regime.

A mensagem de propaganda, assinala a primeira obra da Junta de Freguesia após vencidos mais de 500 dias desde a tomada de posse, a recuperação da rotunda dos amores perfeitos, aliás mensagem de propaganda difundida também no sítio de internet da Junta.

Os membros desde Partido Político PNPN sugerem que os eleitores andam entretidos em petições, falatório, e munido o PNPN de meios deveriam estes ser punidos, é a mensagem que transparece.

Assim se festeja “Abril” no Parque das Nações, declarando o PNPN guerra aberta a quem promove ações cívicas contrárias ao seu regime, quer seja em blogs (como este pelos vistos) quer em ações cívicas de petições públicas consagradas na lei.

Se reside na Freguesia do Parque das Nações assine a petição por favor: peticao http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76053

JFPN – Gastos em 2014

Junta de Freguesia do Parque das Nações –  GASTOS EM 2014

À semelhança do Orçamento de 2015, apresento agora um ciclo de dados que nos permitem perceber o porquê do estado atual do Parque das Nações.

Ao contrário de uma empresa privada que tem incerteza na receita, num organismo público a receita é certa, se correr mal aumentam-se os impostos, é assim que tem funcionado. Permitem que tente explicar que “nunca falta dinheiro”, as escolhas orçamentais sim condicionam o resultado.

Foi o que aconteceu com os jardins. De uma provisão para 2014 de cerca de 250 mil euros (baseada e bem em 25% da dotação da ParqueExpo), apenas 98 mil euros foram gastos. Pelo contrário, a provisão de 800 mil euros para Administração foi excedida, sendo gastos mais de 1 milhão de euros em Administração, restando ainda 117 mil euros para pagar.

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Como podem ver pelo gráfico, a Administração da Junta de Freguesia absorve praticamente metade do Orçamento disponível que não foi totalmente realizado, sobrando uma grande “almofada financeira”.

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Relativamente a gastos em Administração, foram aprovados cerca de 798 mil euros (ver Orçamento de 2014).

No entanto em termos de realização, foram dados como compromisso assumido quase 1 200 mil euros (1,2 milhões de euros), tendo efetivamente sido pagas mais de 1 milhão de euros em despesas de Administração.

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Apresento agora um gráfico comparativo dos gastos por rubricas, onde se salienta os gastos em Administração.

Ambiente e Gestão Urbana, dos quase 1,2 milhões previstos, foi realizado metade, pouco mais de 680 mil euros.

Da Saúde e Ação Social previstos 298 mil euros, 91 mil euros foram realizados.

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Em termos de comparativo entre valores previstos no Orçamento de 2014, votado e tornado público, e os gastos efetivos realizados em 2014, temos:

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Jardins Garcia d’Orta – uma questão de saúde pública

Os Jardins Garcia d’Orta atingiram um estado de degradação que pode ser considerado um caso de risco para a saúde pública. As águas estão estagnadas, os limos e bolores abundam e os dejetos humanos são permanentes, tornando o espaço um perigo, especialmente para crianças. Recomenda-se que se interdite todo o espaço.

Comunicado à Câmara Municipal de Lisboa, a mesma informa que a responsabilidade é da Junta de Freguesia do Parque das Nações:

“Caro Munícipe,

A Câmara Municipal de Lisboa agradece o seu contacto e informa que a Ocorrência OCO/31403/2015 foi encerrada. 
Os jardins Garcia da Orta são da responsabilidade da Junta de Freguesia do Parque das Nações, os quais já têm conhecimento da situação. 
Obrigado pelo seu contacto. 
Com os nossos melhores cumprimentos “

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Ações:

– 15 abril de 2015, contactada a Direção Geral de Saúde;
– 15 abril de 2015, resposta da CML informando que a responsabilidade é da Junta de Freguesia;
– Participação à CML através do portal A MINHA RUA, ocorrência OCO/31403/2015.

Passeio das Tágides escuro como breu

Passeio das Tágides, zona ribeirinha junto aos Jardins Garcia d’Orta e Rua da Pimenta, está escuro  como breu. A iluminação está avariada. Não é assim surpreendente o recente encerramento de vários estabelecimentos de restauração.

Contactada a Junta de Freguesia, a mesma delegou responsabilidade à Câmara Municipal de Lisboa, reportando o assunto no portal “na minha rua”, através da  ocorrência OCO/31661/2015, podendo acompanhar o seu desenvolvimento, através do endereço http://www.cm-lisboa.pt/servicos/servicos-online/na-minha-rua.

Mais uma resolução de uma ocorrência com mensagem protótipo:

“Exmo. Ex.

A Junta de Freguesia do Parque das Nações vêm por este meio informar, em relação à iluminação pública, a sua manutenção está sob responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa.

Este assunto foi devidamente reportado no portal “na minha rua”, através da  ocorrência OCO/.…./2015, podendo acompanhar o seu desenvolvimento, através do endereço http://www.cm-lisboa.pt/servicos/servicos-online/na-minha-rua.

Estamos naturalmente disponíveis para mais algum esclarecimento que entenda como conveniente, aproveitando a oportunidade para agradecer o seu contacto.”

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Ações:

– a 14 de abril contactada a Junta de Freguesia, a mesma delegou responsabilidade à Câmara Municipal de Lisboa, reportando o assunto no portal “na minha rua”, através da  ocorrência OCO/31661/2015;

– a 13 de abril de 2015, Infracontrol Online: Ocorrência nº [#269066];

Uma Gestão Independente

Imagine que a empresa recém formada, a JFPN, apresenta contas aos seus acionistas. Acionistas que através de um brutal aumento de impostos, e de uma redução do seu padrão de vida, colaboraram para um orçamento de  mais de 4 milhões de euros.

Imagine que explica aos acionistas que durante mais de um ano, criou uma administração que consome mais de 25% do orçamento, cerca de 850 mil euros, estabelecendo a sede da administração numas instalações luxuosas, antiga loja bancária, com equipamentos topo de gama, telefónico IP, telemóveis iphone 6 e mobiliário de assinatura. Explica ainda, que necessitou de criar mais 3 pólos de administração, um poente, outro nascente e ainda outro ocupando parte da biblioteca. Tal distribuição geográfica necessitou, explica ainda, de tecnologia avançada “Cloud IT” para interligação dos vários pólos administrativos.

Avança para os serviços prestados, objeto social da referida empresa. Explica que desenvolveu serviços para um segmento minoritário da população, com mais de 55 anos, como caminhadas pedestres, programas culturais, e um moderno transporte solidário com motorista, de acesso reservado aos fregueses com mais de 55 anos e sem triagem por condição social.

Lamentavelmente, os cerca de 250 mil euros atribuídos à manutenção dos espaços verdes, não foram realizados. Apenas pouco mais de 20 a 30% foram atribuídos a serviços de jardinagem ao preço mais baixo do mercado, sem qualidade nem competência para um espaço verde até aqui de excelência.

A grande maioria dos fregueses, com filhos jovens, vê-se privada de jardim infantil, que se encontra encerrado há mais de um ano. Salienta que não é problema seu. Esse serviço é gerido por outra grande empresa, a CML.

Finda a sua apresentação, imagine agora a reação dos acionistas.

Lisboa, 6 de abril de 2015