Uma Gestão Independente

Imagine que a empresa recém formada, a JFPN, apresenta contas aos seus acionistas. Acionistas que através de um brutal aumento de impostos, e de uma redução do seu padrão de vida, colaboraram para um orçamento de  mais de 4 milhões de euros.

Imagine que explica aos acionistas que durante mais de um ano, criou uma administração que consome mais de 25% do orçamento, cerca de 850 mil euros, estabelecendo a sede da administração numas instalações luxuosas, antiga loja bancária, com equipamentos topo de gama, telefónico IP, telemóveis iphone 6 e mobiliário de assinatura. Explica ainda, que necessitou de criar mais 3 pólos de administração, um poente, outro nascente e ainda outro ocupando parte da biblioteca. Tal distribuição geográfica necessitou, explica ainda, de tecnologia avançada “Cloud IT” para interligação dos vários pólos administrativos.

Avança para os serviços prestados, objeto social da referida empresa. Explica que desenvolveu serviços para um segmento minoritário da população, com mais de 55 anos, como caminhadas pedestres, programas culturais, e um moderno transporte solidário com motorista, de acesso reservado aos fregueses com mais de 55 anos e sem triagem por condição social.

Lamentavelmente, os cerca de 250 mil euros atribuídos à manutenção dos espaços verdes, não foram realizados. Apenas pouco mais de 20 a 30% foram atribuídos a serviços de jardinagem ao preço mais baixo do mercado, sem qualidade nem competência para um espaço verde até aqui de excelência.

A grande maioria dos fregueses, com filhos jovens, vê-se privada de jardim infantil, que se encontra encerrado há mais de um ano. Salienta que não é problema seu. Esse serviço é gerido por outra grande empresa, a CML.

Finda a sua apresentação, imagine agora a reação dos acionistas.

Lisboa, 6 de abril de 2015

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