Realidade de factos e números incomoda Fernando Medina e PNPN

Participei ontem, dia 3 de fevereiro de 2016, por inscrição e entrevista prévia, na Reunião Descentralizada da CML, realizada na Escola Vasco da Gama pelas 18:30.

Após uma longa espera (a minha intervenção era a 16), apresento o meu discurso fundamentalmente sobre o estado de degradação que vivemos no espaço público do Parque das Nações, e, em especial uma nova ameaça que representa as alteração ao conceito “Cidade Imaginada” no Parque das Nações.
Significa isto alterações ao conceito de iluminação, equipamentos de jardins como papeleiras e bebedouros, etc. Todo este conceito foi criado por arquitectos.

As alterações à iluminação têm já um efeito, que se pode verificar quando se sobrevoa o Parque das Nações. A imagem é completamente diferente, fruto destas alterações de conceito.

Como me é habitual, apresento factos, baseado em comparações de Orçamentos entre o período da Parque Expo – Gestão Urbana e o período da Junta de Freguesia do Parque das Nações.

Para o comparativo uso o relatório e contas da PE-GU do ano 2009, um ano pré-troika onde tudo estava bem e o custo dos prestadores de serviços era elevado.

Para JFPN, uso os Orçamentos aprovados em Assembleia de Freguesia, no período troika, onde o custo dos prestadores de serviços baixou significativamente.

Assim para Administração, a PE-GU usava 518 mil euros, enquanto a JFPN em 2015 usou mais de 1,3 milhões de euros. Admitindo custos de instalação no 2º ano, não se compreende que para 2016 se mantém 1 milhão de euros acrescidos de 130 mil euros para um novo Gabinete de Imagem.

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Já para os jardins, assunto que é importante para todos nós, comparo os mesmos orçamentos (2009 e 2016) mas aqui faço uma aproximação por ponderação linear, que, sim, assumo que é simplificada, mas é usada para dar uma ideia de aproximação.

A responsabilidade de manutenção dos jardins era 100% para a PE-GU.

Para a situação atual, a manutenção é ponderada entre CML e JFPN, assumindo esta última 25 % do espaço, como mostra a seguinte figura:
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Assim, para a PE-GU, para o seu orçamento total de 1,3 milhões euros, represento 25% , cerca de 325 mil euros. Resulta o comparativo relativo:

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Gasto muito superior, com os resultados que estão à vista de todos.

Para o pessoal, uso números absolutos, sendo que a PE-GU disponibilizava 15 vigilantes que não existem atualmente, e a JFPN aloca pessoal para CAF, serviço não existente na PE-GU. Mas, o gráfico dá bem uma ideia dos recursos humanos.

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Ora esta apresentação causou um certo pânico ao Presidente da CML, Dr. Fernando Medina, que respondeu de forma pouco informada, dizendo que os números eram falsos e que se tratava da Parque Expo no período de liquidação sem funcionários. Reparem que usei números de 2009 e referente à PE-GU e não Parque Expo98 S.A. , empresas diferentes !

Hoje, dia 4 de fevereiro de 2016, o PNPN, partido que gere a Junta de Freguesia do Parque das Nações, publica esta informação institucional, mostrando total desrespeito pelo munícipe, sendo que este falou por seu direito, com inscrição e entrevista prévia pelos quadros da CML.

Assim funciona a democracia no PN.

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